segunda-feira, 1 de março de 2010

ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DOS PROJETOS DE LEITURA.


PROJETO DE LEITURA - 01
Esse projeto foi elaborado em conjunto com as professoras cursistas: Rosani, Luciane, Soní e Marcia Hanauer e aplicado de forma individual.

1 TEMA
Como tornar o horário de leitura produtivo e prazeroso?

2 PROBLEMÁTICA
A escola é o ambiente de letramento por excelência e o professor é o principal agente desse processo. Trabalhar a leitura e a escrita na perspectiva do letramento possibilita a interação entre o conhecimento prévio do aluno, o conhecimento novo, apresentado na escola e em todos os outros lugares em que aprendemos a ler o mundo.
Com esta preocupação, a escola tem proporcionado um período diário de leitura. No entanto, percebe-se que o mesmo não tem apresentado os resultados esperados. Neste caso, faz-se necessário reavaliá-lo, bem como propor alternativas para torná-lo mais prazeroso e produtivo.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE LEITURA E ESCRITA

Uma educação que se pretende transformadora da realidade, capaz de subverter as desigualdades sociais (de que nossos alunos são frutos) precisa ser, necessariamente, humanizadora e emancipatória. A formação de sujeitos críticos e autônomos seria o resultado dessa perspectiva educacional, em que as práticas de leitura e escrita funcionam como alicerce para a construção do saber.
Entretanto, é preciso mencionar que as referidas práticas nem sempre são tão bem aproveitadas nas escolas. Por esse motivo, o papel das mesmas no processo de ensino-aprendizagem pode variar, de acordo com a postura assumida pelos educadores em relação a elas. Assim, um conceito equivocado de leitura como mera decodificação de palavras ou a pouca variedade e qualidade dos textos trazidos para a sala de aula, podem servir de desestímulo para os leitores em formação, comprometendo nesses alunos a capacidade de interpretação e de compreensão do mundo, bem como o gosto pela leitura. Por outro lado, o incentivo à leitura, não através de conselhos e discursos vazios,, mas por intermédio de bons e variados textos e de técnicas bem orientadas,, demonstra a consciência do professor em relação ao caráter social e transformador da leitura.
Da mesma forma que a leitura, também a escrita pode funcionar, na escola, como uma “rua de mão dupla”; quando esta é adquirida com sucesso pelo aluno, é possível afirmar que a instituição de ensino cumpriu com êxito sua função libertadora, pois permitiu que o aluno se apropriasse de um código que goza de enorme prestígio na sociedade letrada em que vivemos. Por outro lado, o fracasso do aluno na aquisição da escrita, é representativo do caráter excludente do sistema educacional. Este, quando deveria libertar, oprime e exclui, sempre que nega a seus alunos o controle da chamada “norma culta”, vinculada, acima de tudo, ao código escrito. Isso acontece, geralmente, quando a variação lingüística não é respeitada, ocorrendo a mera imposição da norma padrão.
Assim, leitura e escrita passam a funcionar como verdadeiros termômetros da aprendizagem. O sucesso ou o fracasso do aluno nessas duas práticas acaba sendo determinante do sucesso ou fracasso da escola como um todo, uma vez que ambas as atividades são constantes e fundamentais em todas as disciplinas e não apenas na aula de Língua Portuguesa. Talvez isso explique o fato de que a maioria das queixas dos professores em relação a seus alunos diga respeito, justamente, a problemas de leitura (falta de hábito, ou ineficiência) e escrita (falta de coerência e sentido naquilo que escrevem). Os professores universitários costumam culpar seus colegas do ensino médio, pelos incontáveis problemas de escrita de seus alunos; estes, por sua vez, acusam os professores do ensino fundamental e das séries iniciais, os quais lamentam, quase sempre, que a escola não consiga resgatar seus alunos menos favorecidos econômica e socialmente, visto que este, quando permanece na escola, acaba sendo reprovado.
No que se refere à leitura, é preciso mencionar as vantagens de se apresentar aos alunos a maior diversidade possível de textos, sejam eles literários, informativos, extraverbais; rótulos de produtos, receitas de bolo, manuais de instruções, histórias em quadrinhos, enfim, toda a gama de textos que fazem parte do dia-a-dia das crianças. Essa variedade de textos, além de familiarizar o aluno com o mundo da escrita, o coloca a par das diferentes funções que os textos podem ter (informar, anunciar, divertir, instruir, etc.). Dentre estes textos, porém, há de se destacar o literário como sendo o de maior relevância. Conforme Maria Helena Zancan Frantz

Se considerarmos o leitor infantil (...) veremos então que aqui a literatura desempenha um papel fundamental, decisivo e intransferível. Considerando que é por meio da fantasia, da imaginação, da emoção e do ludismo que a criança apreende sua realidade, atribuindo-lhe um significado, veremos que o mundo da arte é o que mais se aproxima do universo infantil, à medida que ambos falam a mesma linguagem simbólica e criativa. O mundo para ambos é do tamanho até onde vai a imaginação criadora da criança e do artista (FRANTZ, 1998:35).

O texto literário penetra na esfera infantil com naturalidade, pois a linguagem do primeiro, repleta de simbolismos e fantasias corresponde perfeitamente às expectativas do pequeno leitor que, em certos momentos pode (e deve) ser apenas ouvinte e em outros, verdadeiro expectador (no caso das historinhas sem texto). O sucesso dessa etapa, embora não garanta a formação do leitor, representa, por certo, um importante e decisivo passo rumo a sua construção. Para Contente

O aluno, ao reagir de forma favorável à leitura, e sendo cativado cada vez mais para esta atividade, começa a aperceber-se da estrutura do texto, a nível lexical, semântico e sintático. A leitura e a escrita são atividades interligadas de tal modo que uma boa adesão à leitura levará a uma escrita mais fácil (CONTENTE, 11995: 27).

Com base nesta afirmação, é possível inferir que o investimento na formação de leitores, possui retorno garantido, seja através da afirmação de uma postura crítica da realidade, seja por intermédio da competência comunicativa, verificada em alunos leitores.
O texto escrito é, sem dúvida alguma, o meio privilegiado de comunicação. De um eficiente acesso a ele, através da leitura, bem como da capacidade de produzi-lo coerente e claramente dependem, não apenas bons resultados escolares mas, por certo, a inserção do sujeito no contexto social de forma ativa e transformadora. Nessa perspectiva, pode-se inferir, sem exageros, que na sociedade em que vivemos, o uso que o usuário faz da língua pode determinar o lugar que este ocupará na pirâmide social. Linguagem e poder estão e sempre estiveram diretamente interligados.
Mesmo sendo atividade fundamental na escola, a escrita, assim como a leitura, não deve ser uma imposição. Sua aquisição deve resultar do interesse e das necessidades da criança. Daí a importância do aluno conhecer os objetivos da escrita e sua função comunicativa. Dessa maneira, o ato de escrever ganhará significado e é provável que o interesse por ele aumente consideravelmente. A atenção do professor deve estar voltada, portanto, para o cumprimento dessa função comunicativa por parte dos escritos de seus alunos e não, como geralmente ocorre, para a quantidade de escrita ou para a beleza da letra, até porque, as exaustivas cópias e repetições nada acrescentam na capacidade de produção textual, antes, tornam enfadonha uma atividade que deveria ser agradável e lúdica.
Diante da importância da aquisição da escrita pelos alunos, o professor de língua, inserido ou não no processo de alfabetização, não raras vezes, se vê “bombardeado” por uma série de dúvidas e métodos de ensino conflitantes. Estes, criam confusão e insegurança à cerca do que deve ser ensinado, do que deve ser corrigido e avaliado, bem como sobre a melhor maneira de se fazer isso. A ortografia é uma dessas questões polêmicas no ensino da língua. A esse respeito Paulo Coimbra Guedes e Jane Mari de Souza asseveram que é preciso

Ensinar ortografia (...) a partir de uma característica em que fala e escrita são fundamentalmente opostas: a ortografia constitui-se como um processo histórico institucionalizado de representação uniformizada da língua justamente porque a língua falada se rege não pela uniformidade mas pela variação. A função da ortografia é preservar a inteligibilidade dos textos, apesar das variantes de pronúncias regionais, sociais e históricas das palavras, e não se constituir em um guia para a correta pronúncia das palavras em todas as instâncias da vida social (Guedes & Souza, 1999: 139)

O ensino da ortografia deve ocorrer, simplesmente, no sentido de solucionar os problemas detectados pelo aluno enquanto leitor e não para criar problemas que ainda não foram sentidos pela criança. A partir das dificuldades dos alunos, o professor tem o compromisso social de ensinar ortografia, pois através dela a norma culta passa a ser paulatinamente absorvida, de modo que a capacidade comunicativa do aluno aumenta ao passo que diminuem as possibilidades do mesmo ser vítima de discriminação lingüística. O Respeito pelas diferenças entre linguagem falada e escrita estão na base de qualquer reflexão de cunho ortográfico; o aluno deve compreender que a variante lingüística utilizada na fala, nem sempre é adequada para a escrita. Trata-se, em síntese, de uma questão de adequação da linguagem, assim como não vamos de black tie à praia, também não devemos usar a linguagem falada em nossos textos escritos.

3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE LETRAMENTO

O termo letramento deriva do mesmo campo semântico de palavras muito conhecidas como alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, letrado e iletrado. Palavras estas que são usadas não só por estudiosos e interessados pelo campo educacional, mas também por pessoas consideradas comuns, que não fazem parte dos meios acadêmicos (cf. Soares, 2001, p. 16). Entretanto, é importante salientar que numa perspectiva social da escrita, letrado não se refere ‘àquele indivíduo versado em letras, erudito’ (cf. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa), muito menos têm como antônimo – iletrado – ‘aquele que não tem conhecimentos literários, é analfabeto ou quase analfabeto’ (idem), uma vez que não existe grau zero de letramento.
Tendo em vista que as discussões em torno do tema letramento são recentes, ainda não se tem um conceito definido para tal, desta forma, procurar-se-á apresentar algumas definições que este termo tem recebido, bem como tentar mostrar a relação deste com a escrita para fundamentar este projeto.
Segundo Soares (2001), o significado que o termo letramento tem recebido atualmente provém da palavra inglesa literacy que etimologicamente denota:
[...] qualidade, estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e escrever. Implícita nesse conceito está a idéia de que a escrita traz conseqüências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, lingüísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprenda a usá-la (Soares, 2001, p. 17).
Nesse sentido, de acordo com a autora, letramento seria o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita. Entretanto, o termo letramento não pode ser considerado como sinônimo de alfabetização, que remeteria à aprendizagem da leitura e da escrita como um processo tecnológico, mas a apropriação destas como uma incorporação das práticas sociais que as demandam.
Segundo Descardeci (2001, p. 63), “sujeito alfabetizado” é definido como sendo o conhecedor do código escrito, aquele que passou pelo processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Enquanto que o “sujeito letrado” se refere àquele que é capaz de usar o código escrito para interagir em eventos de letramento privilegiados pela sociedade, ou seja, é o indivíduo que, ao necessitar, seja capaz de fazer uso do código escrito (e de todas as habilidades que a aquisição da escrita propicia) para responder as demandas de letramento de seu meio social. A autora acredita que se tornar letrado é um processo que inicia logo após a aprendizagem do código escrito e que nunca se encerra, desde que o indivíduo se encontre exposto a demandas de letramento.
Assim, a partir desta nova abordagem de leitura e escrita na perspectiva do letramento, a escola não deveria mais se restringir a ser um ambiente favorável ao desenvolvimento da “tecnologia” do ler e do escrever, mas deveria ser capaz de oportunizar aos indivíduos uma imersão eficiente aos usos e práticas sociais da leitura e da escrita.

4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL:
Promover momentos de reflexão à cerca da necessidade da leitura para a formação de leitores competentes capazes de reconhecer a importância desse processo, de modo que usufrua do período destinado à leitura de forma prazerosa e produtiva.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Manusear e identificar diferentes gêneros textuais, bem como sua importância e utilidade no dia –a –dia;
- Ler fluentemente, considerando os sinais de pontuação e suas funções;
- Ler, interpretar e inferir com desenvoltura;
- Desenvolver o gosto pela leitura, tornando-a prazerosa;

5 METODOLOGIA
Para uma melhor organização das atividades, haverá uma reavaliação do projeto em andamento na escola com relação à leitura, por parte de alunos e professores, a fim de torná-lo mais eficaz e significativo.
Pensar, juntamente com os professores das diferentes áreas de ensino, metodologias que possam contribuir para tornar o momento da leitura mais interessante para o aluno, oportunizando o aprimoramento de sua capacidade lingüística e comunicativa. Além disso, procurar tornar a leitura uma prática cotidiana e prazerosa, tanto para alunos quanto para professores.
Selecionar alguns textos que poderão ser lidos e trabalhados no período destinado à leitura, levando-se em consideração fatores como: faixa etária, interesses e preferências, por exemplo.
Reunir algumas dinâmicas e atividades para sugerir aos demais professores.

6 CRONOGRAMA
1ª semana de agosto: Apresentação do projeto e reavaliação do atual projeto (em andamento na escola) com professores e alunos;
2ª semana de agosto: Reunir-se com os professores das diferentes áreas para apresentar algumas dinâmicas e atividades, bem como para pensar novas metodologias a serem aplicadas. Solicitar a colaboração de todos para a seleção de material de leitura;
3ª semana de agosto: Colocar o projeto em prática na sala de aula;
4ª semana de agosto: Avaliação do projeto em andamento com todos os envolvidos;

7 EQUIPE DE TRABALHO
Docentes de todas as áreas de ensino.

8 AVALIAÇÃO
Na ação de avaliar pensa-se o passado e o presente para poder preparar o futuro. Nessa visão de educação a avaliação é encarada como um processo permanente de reflexão. Neste sentido, o ato de avaliar é processual, acontece no ato permanente de refletir, de rever o que já construiu. Aprender avaliar, então, é modificar o planejamento, observar o que já foi feito para criar novos encaminhamentos. A avaliação precisa abarcar toda a escola, todo o processo educacional e não somente o aluno. Desta maneira, a avaliação não é um veredicto sobre o aluno, mas também sobre o próprio educador e o sistema educacional que o sustenta teórica e praticamente.
A avaliação inicial, imprescindível no primeiro momento, ajudará na organização do planejamento.
A avaliação visa considerar o envolvimento dos discentes e sua desenvoltura na realização das atividades propostas; a adequação das atividades à faixa etária também será observada bem como a realidade social da comunidade atendida e ao espaço físico onde ocorrerão as mesmas. Também serão consideradas as intervenções dos alunos, o que acontecerá durante todo o processo, e seus posicionamentos durante a execução do projeto.

9 REFERÊNCIAS
CONTENTE, M. A leitura e as estratégias para todas as disciplinas. Lisboa : Editorial Presença, 1995. p. 11-26

DESCARDECI, Maria Alice A.S. O incentivo municipal à alfabetização: um evento de letramento na comunidade. In: KLEIMAN, Ângela B & SIGNORINI, Inês. (org). O ensino e a formação do professor: Alfabetização de jovens e adultos. 2ª ed. Porto Alegre : Artmed Editora, 2001. p. 54-74.

FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da literatura nas séries iniciais. 2 ed. Ijuí : Ed. Unijuí, 1997.

GUEDES, Paulo Coimbra & SOUZA, Jane Mari. Não apenas o texto mas o diálogo em língua escrita é o conteúdo da aula de português. In: NEVES, Lara C. B. e outros (orgs). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 2 ed. Porto Alegre : Ed. da Universidade/UFRGS, 1999. p. 135 – 154

SOARES, Magda. Português: uma proposta para o letramento. São Paulo : Moderna, 1999. (Obra em 4 v. para o Ensino Fundamental).

____, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. 128 p.
RELATOS DA APLICAÇÃO DO PROJETO 01 "Como tornar o horário de leitura produtivo e prazeroso?"
RELATÓRIO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA LUCIANE
O Projeto “Como tornar o horário de leitura produtivo e prazeroso?” foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Raimundo Almeida de Sede Nova-RS, do qual participaram professores de todas as áreas.
A apresentação do projeto foi realizada na primeira reunião de professores, na segunda semana de agosto, após o recesso escolar e a suspensão das aulas por causa da Gripe A.
Durante a apresentação do projeto procurou-se reavaliar o atual projeto “Momentos da Leitura”, em andamento na escola. Constatando-se que ainda não se conseguiu tornar esses momentos de leitura produtivos e prazerosos. Alguns professores chegaram até a sugerir que fosse reduzido o horário da leitura, pois os alunos não o estavam aproveitando. Porém, após grande discussão decidimos manter os 15 minutos diários de leitura nos três turnos, sendo nos turnos da manhã e noite no início da aula e no turno da tarde, após o recreio.
Pensando em novas metodologias a serem aplicadas. Foram organizadas algumas caixas com textos de gêneros diversos (jornais, revistas, histórias em quadrinhos, livros literários, etc.) com a colaboração de professores das diversas áreas.
Após essa redenifição de horários e com os materiais organizados o horário da leitura tornou-se muito mais produtivo e prazeroso. A cada dia os alunos eram desafiados a lerem outro tipo de gêneros textuais. Com algumas turmas deu mais certo do que outras. A quinta série, por exemplo, só conseguia ler realmente as histórias em quadrinhos, pois quando eram levados outros materiais prestavam mais atenção nas imagens do que no texto propriamente dito, mas foi uma experiência muito interessante.
Durante este momento da leitura, com a 6ª série, nas aulas de Língua Portuguesa, realizei a leitura da obra “Jardim Secreto”, lendo um capítulo por encontro que tinha com eles. Quando concluí a leitura foi uma disputa pelos exemplares da obra que havia na biblioteca da escola. Também assistimos o filme com o mesmo nome e realizamos um trabalho de análise comparativa entre o livro e o filme.
Os outros professores, cada um na sua área, também procurou trazer alguns materiais interessantes para desenvolver o gosto pela leitura nos alunos e também trabalhar com a construção de conhecimento dos mesmos. Os próprios alunos foram desafiados a trazerem materiais de casa que achassem interessantes para ler e compartilhar com os colegas.
Embora o projeto tenha ficado um pouco prejudicado pelo excesso de atividades realizadas neste segundo semestre, serviu para reavaliarmos o projeto de leitura em andamento na escola e para torná-lo mais produtivo e prazeroso. Ainda há muito que se fazer em termos de leitura em nossa escola, mas já foi uma importante etapa vencida, especialmente por ter conseguido mobilizar as demais áreas do conhecimento para um objetivo comum: formar leitores competentes capazes de reconhecer a importância desse processo, bem como usufruir do período destinado à leitura de forma prazerosa e produtiva.

RELATÓRIO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA SONI
O trabalho inicial acabou ganhando, assim, uma proporção maior. O trabalho em conjunto com a outra professora foi enriquecedor, tanto para os alunos quanto para mim. Infelizmente, contudo, em função de uma série de atropelos no calendário escolar, não foi possível realizar a culminância que haviamos planejado.

RELATÓRIO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA MARCIA HANAUER
A escola, onde apliquei o projeto de leitura, já vinha algum tempo dedicando um espaço a mais à leitura, cerca de 10 minutos para leitura de qualquer material escrito após o recreio. Também já era dedicada uma hora/aula da grade de horário à leitura de livro de literatura. Então, não foi difícil de implantar o projeto, o que procurei fazer de novo foi aproximar àqueles que não tinham tanto gosto pela mesma aos livros, investiguei os assuntos a que eles mais gostavam e indiquei livros, os colegas também fizeram isso, já havia fila de espera para alguns livros na biblioteca ou que algum colega tivesse, pois houve também, um interesse maior pela aquisição de livros. A experiência foi 1000!!!!!!
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PROJETO DE LEITURA - 02
Esse projeto de leitura foi elaborado em conjunto pelas professoras cursistas: Simone, Isolde, Lisete, Márcia e Nair e a aplicação foi individual cada uma aplicou na sua escola.

TEMA: Ler com prazer é só querer.

OBJETIVO:
Incentivar o aluno à leitura de diferentes tipos de textos, levando-o a perceber a importância destes para a sua vida.

OBJETO DE PESQUISA:
Leitura de diferentes tipos de texto

JUSTIFICATIVA: Considerando que:
Os alunos têm necessidade de praticar a leitura de diferentes tipos de textos e perceber a importância dos mesmos no dia-a-dia.
Que a leitura exige do aluno uma maior concentração em relação a outras atividades do seu cotidiano.
Que a leitura deve ser praticada com prazer e não por obrigação.
Que os alunos não têm persistência na leitura completa de uma obra literária ou de outros gêneros textuais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Texto é toda e qualquer unidade de informação no contexto de interação o qual pode ser encontrado com variabilidade nos modos de organização. Cada texto realiza um gênero textual diferente que ocorre em situações diferentes, portanto, com características próprias.
O texto pode ser oral ou escrito, literário ou não literário.( de qualquer extensão).
BaKhtin define os gêneros do discurso como tipos relativamente estáveis de enunciados constituído historicamente e que mantêm uma relação direta com a dimensão social.
Gêneros textuais são realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sócio-comunicativas; eles constituem textos empiricamente cumprindo funções em situações comunicativas; sua nomeação abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designações concretas determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e função, exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, notícia jornalística reunião de condomínio, cardápio, instruções,horóscopo, receita culinária, bula de remédio,lista de compras, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo virtual, aulas virtuais, etc.
Tipos textuais são constructos teóricos definidos por propriedades lingüísticas intrínsecas; constituem sequências linguísticas ou sequências de enunciados no interior dos gêneros e não são textos empíricos; sua nomeação abrange um conjunto limitado de categorias teóricas determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal; designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção, predição e exposição.
Todos os textos se manifestam sempre num ou outro gênero textual.
Um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção como para a compreensão .
Os PCN sugerem que o trabalho com o texto deve ser feito na base dos Gêneros, sejam eles orais ou escritos, abordando as sequências tipológicas.
No ensino de uma maneira geral, em sala de aula de modo particular, pode-se tratar dos gêneros, nesta perspectiva, e levar os alunos a produzirem ou analisarem eventos lingüísticos os mais diversos, tanto escritos como orais, e identificarem as características de gênero de cada um e as sequências tipológicas.
Ensinar é dar condições ao aluno para que ele se aproprie do conhecimento historicamente construído e se insira nessa construção como produtor de conhecimento. É ensinar a ler para que o aluno se torne capaz dessa apropriação, pois o conhecimento acumulado está escrito em livros, revistas, jornais, relatórios e arquivos.E é ensinar a escrever porque a reflexão sobre a produção de conhecimento se expressa por escrito.
A leitura é um processo, uma prática social que envolve a interação entre os sujeitos e na qual o leitor realiza o trabalho de desconstruir e construir os significados do texto, de acordo com os seus objetivos, seu conhecimento prévio – lingüístico, textual e de mundo -, do assunto, do autor, levando em conta o contexto em que está inserido, as histórias de leitura e as experiências vividas. Assim, ler não é uma questão de recepção passiva, nem é simplesmente decodificar, pois a decodificação é apenas um dos procedimentos que o leitor utiliza quando lê, já que a leitura envolve também outras estratégias como a seleção, a antecipação, as inferências e as verificações. E esses procedimentos são os que auxiliarão o leitor no decorrer da sua leitura, no momento em que ele tiver que tomar decisões diante do desconhecido.
Vimos que a leitura e a escrita devem ser concebidas dentro de práticas sociais, tornando o aluno capaz de participar de sua comunidade de forma efetiva.
Segundo a professora Rosineide Magalhães, no texto “Letramento como Prática Social”, a escrita e a leitura são consumidas, hoje, pelas pessoas como meio de sobrevivência, com o objetivo de formação acadêmica, profissional, integração e interação social, resolução de problemas cotidianos, condição de entender o mundo e suas tecnologias.
Letramento: conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito. HOUAISS, 2004. Letramento é refletir, interpretar,é a leitura e compreensão de textos,leitura de mundo com função social. Respeito às diferenças culturais . São práticas sociais que utilizam a escrita como libertação, construção da autonomia.
Alfabetização é ensinar o código escrito,signos e seus significados,ensinar a leitura,codificação e decodificação e participação em um mundo desconhecido.
Alfabetização: é um processo dentro do letramento e, segundo Magda Soares, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.
A criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em um processo de letramento. Pois, ela faz a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções. O contato com o mundo letrado é muito antes das letras e vai além delas.
A leitura e a escrita são atividades de comunicação e são utilizadas com funções diferenciadas também da oralidade. Essas situações são parte da cultura ao mesmo tempo em que a constroem historicamente.
Trabalhar os textos a partir de uma discussão e roteiro de perguntas sobre a sua relação com a situação da qual faz parte, pode levar os alunos a refletir sobre os significados transmitidos e sobre as próprias competências de leitura e escrita.
Na escola, uma questão fundamental a ser resolvida é a dos objetivos de leitura dos alunos. O que eles lêem nos limites da escola quase sempre corresponde a objetivos de leitura do professor e da instituição escolar.
Sabemos que qualquer experiência na vida de uma pessoa tende a ter melhores resultados quanto mais ela atende a objetivos claros e verdadeiros para o sujeito que a vivencia. Com a leitura não é diferente: quanto mais ela tiver um objetivo claro e for significativa para o aluno, mais ele vai buscar o material mais adequado, ou vai ler com mais disposição o que lhe é oferecido e com mais facilidade vai compreendê-lo.
É essencial, pois que o professor tente ajudar seu aluno a desenvolver a consciência da importância, não só de ler, como também dos diferentes tipos de leitura. Isso não se consegue repetindo à exaustão o discurso de que “ler é preciso”, “ler é viajar”, “Quem lê sabe mais”. O que nós professores, temos de tentar a todo momento é conhecer os interesses dos alunos, ter clareza quanto ao que eles sabem e oferecer-lhes materiais e experiências de leitura capaz de mobilizá-los. Quer dizer: tornar a leitura verdadeiramente significativa implica criar nos alunos motivos para ler, ou, em outras palavras, ajudá-los a ter necessidade de ler.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Identificar diferentes gêneros textuais.
· Manusear materiais com diversos gêneros textuais, bem como ver sua importância e utilidade no dia-a-dia.
· Concentrar-se na leitura lendo fluentemente.
· Praticar de diferentes formas e prazerosamente a leitura de obras literárias.
· Incentivar o aluno para a leitura da obra literária do seu início ao fim.

ONDE FAZER: Este projeto será aplicado nas 7ª séries das escolas municipais de Humaitá e Sede Nova, durante a aula de leitura na disciplina de Língua Portuguesa.

METODOLOGIA
Mediante as dificuldades apresentadas pelos alunos em relação à leitura de obras literárias e outros gêneros textuais, optou-se pela coleta de material que contenham os mesmos, bem como novos métodos, objetivando uma leitura mais eficaz.
A área de execução das atividades será a sala de aula, a biblioteca da escola e a pública, salas de vídeo e informática e outros ambientes que favoreçam a leitura de gêneros diversos.
Os alunos serão monitorados pelo professor durante as atividades realizadas visando um melhor aproveitamento. Sempre que se fizer necessário serão realizadas paradas para replanejar as ações.
Os recursos a serem utilizados serão: obras literárias, vídeo, computador, bula de remédio, receitas(culinária e médica), propagandadata show, televisão, jornal, revista, gibis e outros.


CRONOGRAMA
01 a 15 de agosto– Apresentação da proposta aos alunos.
16 a 31 de agosto – coleta, identificação e sociaização de material de leitura de diferentes gêneros (manuseio de bulas, receitas, etc...)
01 a 14 de setembro – montagem de painel ilustrado com textos diversos e discussão acerca de sua utilização.
15 a 30 de setembro – dinâmica de grupos para elaboração e apresentação de diferentes gêneros textuais.

EQUIPE DE TRABALHO
Docentes de Língua portuguesa e alunos das 7ª séries.


AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada através do acompanhamento permanente do educando, da reflexão, da revisão do planejamento para criar novos encaminhamentos. Desta maneira, a avaliação não é somente do aluno, mas também do professor que deverá ajustar o processo de ensino-aprendizagem que promova a evolução dos mesmos.


RELATOS DA APLICAÇÃO DO PROJETO 01 "Ler com prazer é só querer"
AVALIAÇÃO DO PROJETO LEITURA CURSISTA PROFESSORA LISETE
Meu Projeto de Leitura elaborado no dia 14 de julho de 2009 durante o 5º e o 6º encontro do GESTAR II e postado no dia 20 de julho do corrente ano, sofreu grandes mudanças. Como tudo no ensino é flexível, sujeito a transformações, decidi dar sequência a uma atividade que iniciei na 5ª série, turma 52 a qual substituiu o planejado no projeto.
A mencionada atividade de Leitura e Escrita que realizei com os alunos desenvolveu-se a partir de sugestão encontrada na página 95 do TP2 e teve o objetivo de treinar a leitura oral dos alunos, desenvolver a prática da produção de texto e principalmente, motivá-los para a leitura de obras literárias.
Levei à sala de aula algumas obras que encontram-se em nossa biblioteca escolar para os alunos escolherem dentre eles o que se adaptasse melhor à atividade previamente explicada para eles. Escolhemos “Um dono para Buscapé” de Giselda Laporta Nicolelis. O livro trata da busca de um novo dono para o cãozinho de estimação de Marcelo, já que este terá de se mudar para um apartamento juntamente com sua família, não podendo levar Buscapé consigo. Marcelo recebe ajuda da professora para encontrar um novo dono para o cãozinho.
Lemos um capítulo por dia de encontro. Em cada aula um aluno fazia a leitura. Este mesmo aluno elaborava em casa o resumo do capítulo lido, digitava e enviava para mim por email.A princípio a leitura seria feita por mim, para seguir as sugestões do TP1 (preparar a leitura), porém a turma pediu que o aluno encarregado de fazer o resumo fosse o leitor do capítulo, pois segundo eles a leitura é melhor entendida e memorizada.Foi uma atividade que teve ótima receptividade. Decidimos colar os resumos em um catálogo de propaganda formar um novo livro “Um dono para Buscapé”, da turma 52. Três alunos, Gilmar, Daniel e Laura se dispuseram a reproduzir os desenhos da capa e de partes marcantes da história. Esta é uma atividade que esteve em desenvolvimento por várias semanas. Encerramos ela depois de estar montado o novo livrinho “Um dono para Buscapé” com os resumos de cada capítulo realizados pelos alunos. Só não iniciamos a leitura conjunta de outro livro porque o ano letivo se encerrava. Porém, acredito que as aulas de Português de 2010 serão acompanhadas de uma boa leitura de obras literárias, pois sei que esta atividade motivou os alunos a continuarem a ler.


AVALIAÇÃO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA SIMONE
Na aula de leitura foi aplicado o projeto de leitura. Em virtude do pouco tempo disponível, o projeto foi desenvolvido com novas sugestões de leitura na sala de aula, como revistas, jornais, gibis, poemas, letras de músicas... Percebi que havia fila para ler determinados livros, porque os alunos e alunas liam as histórias e depois contavam e comentavam fazendo com que os demais ficassem curiosos e quisessem ler também.
Eles leram bastante, leram muito. Percebi que havia despertado o gosto pela leitura. Há muito ainda o que se fazer, mas os alunos estão percebendo a importância da leitura.
No decorrer do projeto os alunos sugeriram que se fizesse alguns livrinhos de literatura, expandindo assim as ideias que estão surgindo durante o desenvolvimento do projeto.
Além da aula de leitura diária de 15 minutos, estou realizando a aula de leitura nas aulas de Português conforme o projeto elaborado.Pude perceber que o gosto pela leitura aumentou e eles lêem bem melhor(leitura oral). Alguns depoimentos dos alunos sobre a leitura após a aplicação do projeto.
“Eu adoro ler livros. Eles me tranqüilizam. Eu gosto de ler porque eu acabo aprendendo mais, eu tiro coisas das histórias para a minha vida.” (Diane)
“A leitura é muito importante para nós, porque aprendemos a ler e escrever melhor.” (Cricelde)
“Sem a leitura a pessoa não tem tanto aprendizado. A leitura aumenta a capacidade de estudar, trabalhar, na fala, na interpretação de um texto”. (Ariel)
“Com a leitura aprendemos muitas coisas, ela nos auxilia na fala, na interpretação, na escrita e em muitas outras atividades que fizemos em nosso dia-a-dia”. (Jairo Hunzler)
“Leitura e entrar em outro mundo e ajuda no ensino da pessoa”. (Tiago)
“A leitura é a chave da sabedoria. Chave porque abre as portas para o sucesso ou coisa assim. Sabedoria porque você fica mais instruído, você lê melhor, aprende melhor as coisas”. (Letícia)


AVALIAÇÃO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA ISOLDI
Eu desenvolvi o projeto de leitura com o tema:”Ler com prazer é só querer”. O objetivo era de incentivar os alunos a leitura de diferentes tipos de textos, levando-os a perceber a importância da leitura para suas vidas.
O projeto foi desenvolvido nas aulas de leitura da disciplina de Língua Portuguesa.
Inicialmente solicitei que trouxessem variados tipos de textos, e em grupos lemos os mesmos, montamos cartazes e criamos vários deles, sendo que trabalhando os textos do programa Gestar II, já estávamos trabalhando textos diversificados.
Além destas leituras, também lia-se livros literários retirados na biblioteca da escola e também na biblioteca pública, proporcionando assim, uma variedade maior de escolha.
Toda semana nós íamos à biblioteca, renovar ou trocar de obra literária, sempre incentivando a leitura pude perceber os alunos desenvolveram o hábito de leitura, também avaliei trabalhos feitos de obras e relato das mesmas, fiquei feliz com o resultado, pois tinha alunos que no início não gostavam de ler nem de falar ou fazer resenha.


RELATÓRIO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA NAIR
O projeto de leitura não foi totalmente uma novidade, pois semanalmente os alunos já tinham uma aula reservada para leitura.
A princípio houve certa resistência por parte de alguns alunos que não gostavam de ler, mas com o passar do tempo perceberam como é necessário e importante a leitura de todos os tipos e gêneros textuais para que haja um progresso cultural e uma melhora na escrita, leitura e expressão oral.
Percebeu-se que houve uma certa concorrência entre eles, ou seja, quando alguém acabava de ler sua obra, fazia um comentário com o colega e esse por curiosidade também lia a obra sugerida pelo colega ou professor. Portanto, esse projeto foi produtivo e significativo, esperamos que os alunos continuem lendo.

AVALIAÇÃO DO PROJETO DE LEITURA CURSISTA PROFESSORA MARCIA THALHEIMER
O presente relatório tem como objetivo compartilhar as experiências das práticas pedagógicas estudadas e aplicadas com os alunos da turma de 5ª série da Escola municipal de Ensino Fundamental Mário Cândido Lena. Estas foram aplicadas no decorrer das aulas de Língua Portuguesa.
No primeiro momento pedi aos alunos que trouxessem diversos gêneros textuais. Trouxeram cardápios, receitas, bulas de remédio, lista de compras, instruções de uso, piadas, cartas, bilhetes, romances, reportagens jornalísticas horóscopo, etc.
Lemos os texto, interpretamos os mesmos salientando principalmente o objetivo de cada um e fazendo com que os alunos percebessem que estamos rodeados de textos e muitas vezes não nos damos conta disso. Também muitas vezes não somos capazes de identificar o texto e muito menos ter persistência na leitura completa de um texto ou obra literária. Também frisei que a leitura exige concentração e atenção diferente de outras atividades que realizamos.
Elaboramos cartazes com os textos e cada aluno leu um livro, o qual relatou oralmente em sala de aula. Após os relatos refletimos sobre os objetivos de leitura dos alunos, salientando que o que eles lêem na escola, quase sempre é porque o objetivo é do professor ou da escola. Porém, eles deveriam fazer suas escolhas de leitura, sendo estas relacionadas a vivência dos alunos.
Com os textos lidos foi possível fazer o aluno perceber que não temos somente a obra literária e que ele deve demonstrar interesse pelos diversos gêneros textuais, pois estes são de grande valia para a sua vida.
No último dia de aula levei-os para a sala de informática, dividindo-os em grupos e cada grupo pesquisou um gênero textual. A execução do trabalho foi realizada com empolgação. Ali perceberam que o que circula nos jornais diariamente, também encontra-se nos sites. As obras de autores famosos também estão disponíveis nos sites ou podemos adquiri-las. Encontramos sites com histórias em quadrinhos, contos, propagandas, fábulas, etc.
Durante a observação dos textos sempre observamos a pontuação, títulos, parágrafos, seqüência lógica de fatos, a presença de personagens ou não e outros aspectos que devemos observar na escrita.
Penso que muito ainda temos para trabalhar. Porém, aos poucos, com erros e acertos e sempre tendo em mente que podemos ser melhores, aprendendo uns com os outros é possível ter uma educação de qualidade.

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