sábado, 29 de agosto de 2009

Oitava Oficina



À tarde, iniciei o encontro com o Clipe:”Assalto com cultura”. Em seguida retomamos os tópicos teóricos sobre coesão e relações lógicas no texto. O debate girou em torno de que a coesão textual refere-se às relações de sentido que se estabelecem no interior do texto. Enquanto a coerência textual se constrói na relação entre o texto e seu contexto, a coesão se constrói na interrelação entre as partes do texto, fazendo dele um todo significativo. Por isso, a coesão textual é solidária a coerência. Cada um dos elementos que marca essa continuidade é chamado de elo coesivo. Elos são os elementos que vão retomando as ideias para dar continuidade aos sentidos do texto.
Um elo coesivo pode apontar para referentes fora do texto –na situação sociocomunicativa – ou para outros termos já explicitados no texto (envolvendo as classes gramaticais -as mais usadas: preposição, conjunção advérbios- ou deixando subentendido algum elemento). Um texto para produzir sentidos e ser coerente, deve fornecer informações adequadas para que o leitor/ouvinte seja capaz de construir uma representação do mundo textual. As relações lógicas dão pistas sobre como essas informações devem ser organizadas. Reconhecer isso é parte das competências de leitura, de interpretação e de produção de um texto. Embora as relações lógicas sejam operações de raciocínio lógico expressas linguisticamente, a organização lógica de um texto depende também da situação de interação, ou do contexto. Por isso, a escolha de como será feita essa organização corresponde sempre a uma intenção comunicativa que está incorporada ao texto. A língua dispõe de variados recursos para marcar as relações lógicas que constituem a textualidade e funcionam como pistas para a depreensão dos implícitos. As orientações para uma correta interpretação das relações lógicas são parte das relações de coesão e coerência de um texto.

Depois dos debates,encaminhei algumas atividades práticas. A primeira delas foi a construção de uma história maluca, construída coletivamente, com os objetos que foram apresentados na seguinte ordem: menina – grampo de cabelo – porta moedas – desodorante roll-on – brinco – convite de aniversário – creme hidratante – máquina fotográfica – concha – clips – rádio AM, FM e uma bolinha. A história deveria ser construída de forma que ficasse coesa e coerente.


As Aventuras de Aninha.

A menina do vestido verde tinha belas tranças douradas. Carregava consigo uma cesta de flores do campo, que havia colhido.
Para sua surpresa, uma de suas tranças começou a desfazer-se, pois havia perdido o grampo.
Voltando para casa encontrou um porta moedas. Abriu-o e verificou que estava cheio de moedas. Pensou: “Se não aparecer o dono, vou comprar um grampo e um desodorante roll-on de erva doce da Natura”.
Ansiosa para contar o que havia acontecido a sua mãe, saiu correndo e durante o percurso acabou perdendo o seu brinco.
Chegando em casa, a sua mãe esperava apreensiva na porta, com um olhar questionador e algo escondido em suas mãos.
A menina que estava louca para contar o acontecido para a mãe, acaba vencida pela curiosidade e perante a cena pergunta:
- O que tens aí escondido?
Sua mãe mostra o convite para uma festa de aniversário, juntamente com o presente que havia comprado, um creme hidratante para crianças.
O dia da festa chegou. Aninha lembrou-se de levar a câmera digital para registrar os melhores momentos. Como a festa era na beira da praia, deparou-se com belas conchas do mar, as quais foi recolhendo. Colocou-as em sacos plásticos e fechou-os com clips.
A festa estava animadíssima com o rádio sintonizado na Rádio Alto Uruguai FM. Porém, alguns preferiram ir para perto do mar e jogar bola.





Outra atividade feita foi o enlace de idéias (AAA5 pg. 95) e a produção textual do PLAT (AAA5 pg.113). No decorrer das atividades as cursistas já foram vendo as adaptações necessárias e possíveis para que a atividade pudesse ser aplicada com os alunos em sala de aula. No decorrer das apresentações observei que antes de começar a escrever é preciso uma organização: Saiba o que escrever; Para quem escrever e como escrever.

POR QUÊ????
PARA CADA TIPO DE FESTA EXISTE UM TRAJE ADEQUADO;
PARA CADA TIPO DE REUNIÃO EXISTE UM PROTOCOLO ORGANIZADO;
PARA CADA TIPO DE CONHECIMENTO EXISTE UMA ESPECIFICIDADE.
PARA CADA TEXTO UM GÊNERO ADEQUADO.

Em seguida encaminhei o relato do avançando na prática (unidade 19 e 20).
Como nos relatos anteriores as cursistas enfocaram a importância de aplicar essas atividades com os alunos e socializar a prática delas no encontro do Gestar, pois esta troca de experiências é que enriquece o trabalho e todos saem ganhando, alunos e professores. Vale ressaltar que, de acordo com a faladas cursistas, os alunos adoram as atividades do Gestar e ficam esperando pela realização das mesmas e quando acontece um imprevisto ou a professora demora para aplicar uma atividade dos avançando na prática os alunos cobram. Hoje os próprios alunos já estão sugerindo atividades diferentes e quando é possível os professores estão partindo destas sugestões para realizar o trabalho. Exemplo disso foi a cursista Luciane que ao chegar na sala, viu os alunos preparados para fazerem um amigo secreto, aproveitou a sugestão e redirecionou o amigo secreto, fazendo com que na revelação os alunos devessem dizer aas características e o estilo próprio de cada amigo e assim fez um link para introduzir o estudo da estilística. Os alunos, todos, se envolveram com gosto na atividade. Ficou claro também que os alunos conversam entre eles, como disse a cursista Lisete:”Desenvolvi uma atividade do Gestar na turma 51 e na semana seguinte quando cheguei na outra turma os alunos queriam também fazer aquela atividade e disseram que está era mais legal do que aquela que eles haviam feito. Isso mostra que as atividades Propostas pelo Gestar motivam o aluno e fazem com que ele participe, seja sujeito das atividades.
Realizada a troca de experiências dos avançando na prática, encaminhei a atividade de Produção de um texto publicitário, o qual foi socializado com os demais.


Texto1: Lisete, Márcia, e Nair
Sempre estive em suas mãos.
Rolei entre seus dedos.
Muitas vezes me senti sufocada, apertada, molhada de suor.
Me acabei de tanto ser usada.
Agora, jogas-me no lixo! Acabou.
Adeus. Vou sumir de sua vida.
A sua caneta.






Texto 2: Márcia, Isoldi e Simone
Aposente seu marido.
Chegou uma nova e revolucionária máquina que amassa e aquece.
Use-o em outras atividades.
Nova Panificadora Britânia.

Antes de concluirmos o encontro, conversamos um pouco sobre o programa do curso Gestar II e achei por bem fazer uma avaliação destas 40 horas de encontros presenciais e as demais atividades à distância. Para finalizar o encontro olhamos o power point com as expressões idiomáticas.

Um comentário:

  1. OI AMIGA OLHEI O TEU TRABALHO QUE ESTÁ ÓTIMO, ENTÃO PENSEI EM O FILME "ASSALTO COM CULTURA" PARA PARA AS MINHAS CURSISTAS.POSSO?
    OBRIGADA!!!
    BEIJOS
    FABI IMBÉ

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