segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

DÉCIMA QUARTA OFICINA.











Iniciei o encontro da tarde (do dia 21/11/09) com a dinâmica das formas geométricas. Em seguida, refletimos sobre o vídeo “What is that”. E para retomar as leituras sobre arte, olhamos o vídeo “AMOR E ARTE 2008”.




A arte é uma forma de conhecimento que está muito relacionada com o nosso cotidiano, embora nem sempre nos demos conta disso. Cada vez mais, torna-se difícil no mundo atual estabelecer uma divisão clara entre o que é ou não é arte, devido à facilidade de acesso às obras de arte e à sua produção. Por outro lado, as manifestações artísticas têm cada vez mais interseções, criando formas híbridas de arte.
As principais características da arte são: a fantasia, a interpretação da realidade, a conotação e a paixão pela forma.
Essas características criam um papel importante: por intermédio da fantasia e do jogo, a arte é um convite à (re)interpretação do mundo. Ao procurar expressar-se, o artista convida o próprio leitor a desvendar o mundo. As manifestações da arte fazem parte do nosso cotidiano. Mas nem sempre nos damos conta disso.Veja as várias formas de Arte: escultura,arquitetura,fotografia,cinema,música,pintura,dança,literatura.
Depois observamos uma recriação de quadro de PortinariMaurício de Sousa que é um conhecido ilustrador de histórias e tiras em quadrinhos. Ele criou a Turma da Mônica.As ilustrações à direita são dele. Você deve ter percebido que Maurício criou uma versão engraçada de obras de pintores famosos. Ele fez uma espécie de “paródia Da imagem. As cursistas gostaram da idéia de fazer paródia de obras de arte.




Para espantar o sono, observamos algumas obras de arte e socializamos as palavras que elas nos inspiravam.

Em seguida retomei com as cursistas a leitura sobre linguagem figurada. Embora não nos demos conta disso, as figuras de linguagem são muito comuns na nossa fala. São usadas exatamente porque o sentido mais comum, denotativo, das palavras não nos parece suficiente para expressar a carga de sentimentos que queremos revelar em certa situação comunicativa. Durante o debate vimos: A comparação: figura mais comum em nossa linguagem, estabelece um paralelo entre dois seres, por meio de um nexo que pode ser de igualdade (como, feito, que nem, qual, parece, lembra, etc) ou de superioridade (mais....que). A metáfora: figura que permite, por meio de uma comparação “abreviada”, substituir uma palavra por outra que tem com ela um nível de semelhança. A metonímia: figura por meio da qual substituímos uma palavra por outra que tem com ela uma relação de proximidade, lógica e possível de ser percebida mais diretamente. A relação metonímica pode ser: autor/obra; pessoa/traço físico; pessoa/ objeto característico; continente/conteúdo; lugar/produto seu, etc.

O texto literário não se caracteriza pela simples presença de uma figura. Na realidade, ele se constrói numa costura de figuras e outros recursos, para criar sua condição estética.Algumas figuras ligadas à metáfora são: Personificação: atribui características humanas a objetos e animais. Hipérbole: constitui um exagero de expressão. Antítese: constrói-se de idéias opostas. Ironia: baseia-se na apresentação de uma posição por meio de seu contrário.
Na linguagem literária, vários elementos concorrem para gerar um texto de Caráter estético, e um deles certamente é o uso de figuras, mas não o único.As figuras de palavras podem dividir-se em dois grandes grupos: a metonímia e a metáfora. A metonímia consiste na substituição de uma palavra por outra com a qual estabelece uma relação lógica, de proximidade, ou parentesco, por isso é mais objetiva e tende a ser mais facilmente percebida.Na metáfora , a substituição de uma palavra por outra surge de uma comparação abreviada, e as palavras mantêm uma relação de semelhança quanto à ideia que expressam. São muitas as figuras filiadas à metáfora: a personificação, a hipérbole, a antítese, a ironia, por exemplo.Há figuras ligadas ao campo sonoro do texto, exploradas sobretudo na poesia. As principais são a aliteração e a onomatopéia.
A morfossintaxe é muito rica em figuras, criadas a partir da omissão de termos, da colocação dos termos na frase, do uso de gradação, de repetições, etc. O Pleonasmo é uma dessas figuras e consiste na repetição da ideia. Convém ter sempre em mente que o uso das figuras por si só não cria o valor estético do texto, mas sim seu uso em condições de sublinhar a significação do texto, a visão de mundo ou as emoções que o autor quer passar ao leitor.
Feita a retomada das leituras do TP2, encaminhei novamente a socialização dos avançando na prática unidade 7 e 8 do TP2. Como sempre foi muito produtiva e rica a socialização. Depois passamos para a atividade prática do encontro, na qual as cursistas responderam as questões de interpretação da página 154, juntamente com a produção textual. Socializada a atividade foi feita a avaliação da oficina e os encaminhamentos para o próximo encontro.

E finalmente para concluir o encontro deste dia os cursistas da área de Português e Matemática voltaram a se encontrar, quando lemos e compartilhamos a reflexão sobre o poema “Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças” de Carlos Drummond de Andrade. E como mensagem final assistimos o vídeo:”TEMPO DE MUDANÇA”.

"PARA SARA, RAQUEL, LIA E PARA TODAS AS CRIANÇAS"

Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade de aprender que é em vocês natural. Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos: que possibilitasse seu crescimento físico e sadio. Normal Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo. Deus. Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação.

E que dessas coisas lhes ensinasse não só o conhecer, como também a aceitar, a amar e preservar. Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa história e a nossa terra de uma maneira viva e atraente. Eu queria uma escola que lhes ensinasse a usarem bem a nossa língua, a pensarem e a se expressarem com clareza. Eu queria uma escola que lhes ensinassem a pensar, a raciocinar, a procurar soluções.

Eu queria uma escola que desde cedo usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...Oh! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos. Deus que livre vocês de decorar sem entender, nomes, datas, fatos...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos "prontos", mediocremente embalados nos livros didáticos descartáveis.

Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo, repetindo, repetindo... Eu também queria uma escola que ensinasse a conviver, a coooperar, a respeitar, a esperar, a saber viver em comunidade, em união. Que vocês aprendessem a transformar e criar.
Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem cada sentimento, cada drama, cada emoção. Ah! E antes que eu me esqueça: Deus que livre vocês de um professor incompetente.
(Carlos Drummond de Andrade
)

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