domingo, 25 de outubro de 2009

DÉCIMA OFICINA



À tarde (14/10/09), animadas e motivadas, continuamos a “gestar”. Como já estávamos todas “aquecidas”, iniciei o encontro com a história (em PowerPoint) do “catador de pensamentos”. Continuando o encontro retomei e encaminhei o debate sobre as questões teóricas pertinentes ao processo de produção textual: revisão e edição e a literatura para os adolescentes. Sabemos que, produzir textos escritos é um ato complexo, pois envolve o desenvolvimento da capacidade de coordenar e integrar operações de vários níveis e conhecimentos diversos: linguísticos, cognitivos e sociais. O escritor se depara com a necessidade de gerar e selecionar e organizar linguísticamente idéias e conteúdos. O planejamento textual, deve levar em conta, na elaboração do texto, o destinatário e o objetivo (macroplanejamento) e a “organização que deve levar ao texto na sua forma final (microplanejamento). A revisão dos textos (ou releitura) durante a produção ou depois do texto terminado, é “Um tal processo que parece exigir de parte do autor uma capacidade de se distanciar em relação aos seus escritos”.


Para melhor produzir um texto, pode-se observar algumas etapas a serem seguidas.Essas etapas não são obrigatórias nem, necessariamente, sequenciais e lineares, mas dependem das circunstâncias dos objetivos e da audiência:Geração de idéias; Consulta; Seleção e decisão; Rascunho; Revisão; Edição final.


Algumas recomendações interessantes ao produzir um texto: Numa produção textual o escritor experiente pensa antes de escrever e durante o ato de escrever. Uma forma do professor ensinar este “pensar enquanto escreve” é mediante seu exemplo. Produzir texto é agir lingüisticamente (selecionar o que vai ser dito, ativando os conhecimentos prévios ou pesquisando em outras fontes; organizar os conteúdos numa seqüência; selecionar vocabulário, sentenças...Conhecer o gênero textual a ser escrito (forma e função). Estimular a escrita espontânea e refletir sobre a língua (permitir que os alunos escrevam exatamente do jeito que sabem, dando alguma ajuda quando necessário e num momento posterior refletir sobre o escrito).


Em síntese, LER se aprende LENDO E ESCREVER se aprende ESCREVENDO. Assim, é necessário que o aprendiz se torne leitor e escritor mesmo antes de poder executar essas tarefas com independência.


Para ilustrar a teoria trabalhamos as atividades: ”Avaliação, revisão e reescrita” p.80 e “como preparar um texto para edição” P. 88. Em seguida fizemos alguns apontamentos sobre a literatura para adolescentes, visto que, a literatura é uma possibilidade especial do desenvolvimento, da interpretação, que vai além do conhecimento de dados, da simples informação. Como toda arte, ela informa, mas pode fazer muito mais, e, em geral, faz: procurando na expressão do outro a palavra que desvende o mundo, o leitor procura desvendar a si mesmo e, procurando entender-se, caminha na compreensão do outro. Mais do que qualquer forma de conhecimento, a arte (e em especial a literatura) desvenda verdades sobre a condição humana. Segundo um de nossos maiores poetas, José Paulo Paes, a arte, a ficção, amplia a nossa humanidade.


Em seguida para descontrair um pouco acompanhamos o PowerPoint com a música: Eu não sei parar de te olhar de Ana Carolina. A reflexão girou em torno do olhar que temos que ter pelo nosso aluno. Depois, dividi o grupo em duplas e cada dupla escolheu uma atividade do AAA6 para estudar e apresentar aos colegas, enriquecendo e possibilitando outras idéias a serem aplicadas em sala de aula (O que lemos – p.101. Ler para conhecer e reconhecer diferentes textos literários – p.105. Ler para gostar – p.122 e investigando o texto – p.125).


Concluída a apresentações dessa atividades, socializamos os avançando na prática, os quais são sempre um subsídio maior que incrementam a prática de sala de aula, o fazer pedagógico do professor. Em seguida, fomos fazer uma visita a biblioteca da escola para selecionar algumas obras literárias, de 5ª a 8ª serie, e assim poder fazer a atividade do TP6 p. 222 (Preparar a apresentação de algumas obras para a turma a fim de motivá-las a leitura). Nosso passeio à biblioteca foi maravilhoso, sentimo-nos em casa, “donas do pedaço”. Dividimo-nos em trios para fazer a atividade, confiram:














Cursistas:Rosane, Soni e Simone.
Obra escolhida: “O Fantástico Mistério de Feiurinha” de Pedro Bandeira.
Motivação:1) Conversar com a turma a respeito dos contos maravilhosos que eles conhecem. 2) Chamar a atenção para a estrutura dos contos: Como são as personagens, como as histórias costumam terminar; Fazer o questionamento: Que tal ler uma história que promove o encontro de várias personagens dos contos maravilhosos? Vocês sabem o que acontece depois de “viveram felizes para sempre”? Vamos ver o que nos conta a obra de Pedro Bandeira “O fantástico mistério de Feiurinha”.

Cursistas: Luciane, Márcia H. e Isoldi.
Obra escolhida: “ Um Botão Negro, Outro Branco” de Beto Bevilácqua.
Motivação: 1) Apresentar o título do livro para os alunos e pedir que façam inferências a respeito do mesmo. 2) Apresentar a capa do livro e questionar se o conceito ou as idéias que tinham levantado anteriormente se mantém ou mudaram. 3)Tendo em vista as análises anteriores, questionar sobre qual será o principal conflito da narrativa (Deixar os alunos apresentarem suas hipóteses). 4)Apresentar rapidamente o assunto que será tratado no livro, eu é o problema do preconceito racial presente na sociedade brasileira, tendo como pano de fundo a escola e o namoro incompreendido e hostilizado de uma menina branca (Maria) com um menino negro (João Pedro).


Cursistas:Márcia T., Lisete e Nair.
Obra escolhida: “Tarzan Minhoca” de Jéferson Assunção.
Motivação: 1) Fazer a dinâmica “Quem sou”. 2) Montar um painel com as características da vida de cada aluno, e que muitas vezes não são aceitas pelo grupo. 3) Leitura do início da obra, salientando aos alunos que a personagem da história, também tem suas características próprias, que o deixam com a autoestima baixa. 4) Leitura do restante da obra pelos alunos. 5) Em grupo relacionar o tema da obra com a realidade que os alunos enfrentam no seu cotidiano. 6) Salientar a importância da valorização dos aspectos físicos e psicológicos de cada um, pois nem sempre o físico é fundamental, precisa-se também do psicológico.


Para finalizar o encontro, encaminhei as atividades à distância e lemos a mensagem “Deficiências” de Mário Quintana.





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